terça-feira, 22 de novembro de 2011

FILHOS


A mulher com o bebê no colo pediu:
- Fala-nos dos filhos.
E ele disse:
- Seus filhos não são filhos, são filhos e filhas da ânsia da Vida por si mesma.
Surgem por meio de vocês, mas não se originam de vocês, e, embora estejam com vocês, não lhes pertencem.
Vocês lhes podem dar seu amor, mas não suas idéias, pois eles têm idéias próprias.
Vocês podem abrigar seus corpos, mas não suas almas, pois suas almas vivem na casa do amanhã, que vocês não podem visitar, nem mesmo em sonho.
Vocês podem tentar ser como eles, mas não queiram fazê-los iguais a vocês, pois a vida não anda para trás, nem se detém no dia de ontem.
Vocês são os arcos de onde seus filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro aponta para o caminho do infinito e, com todo o Seu poder, faz vocês se curvarem para que Suas flechas voem rápidas para longe.
Alegrem-se quando se curvam na mão do Arqueiro, pois, assim como ama a flecha que voa, Ele também ama o arco que permanece firme.

Khalil Gibran (1883 – 1931), in O Profeta

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

NATAL



"O NATAL EXPRIME RENOVAÇÃO DA ALMA E DO MUNDO, NA BASES DO AMOR, DA SABEDORIA E DO TRABALHO"

Bilhete de Natal
Meu amigo, não te esqueça,
pelo Natal de Jesus,
de cultivar na lembrança
a paz, a verdade e a luz.
Não olvides a oração
cheia de fé e de amor,
por quem passa, sobre a Terra,
encarcerado na dor. 
Vai buscar o pobrezinho
e o triste que nada tem...
o infeliz que passa ao longe
sem o afeto de ninguém.
Consola as mães sofredoras
e alegra o órfão que vai
pelas estradas do mundo
sem os carinhos de um pai.
Mas escuta: Não te esqueças,
na doce revelação,
que Jesus deve nascer
no altar do teu coração.
Autor: Casimiro Cunha
Psicografia de Chico Xavier. Livro: Antologia Mediúnica do Natal

PRECE  DE  NATAL
Senhor, desses caminhos cor de neve
De onde desceste um dia para o mundo,
Numa visão radiosa, linda e breve
De amor terno e profundo,
Das amplidões augustas dos Espaços,
No teu Natal de eternos esplendores,
Abriga nos teus braços
A multidão dos seres sofredores!...

Que em teu Nome
Receba um pão o pobre que tem fome,
Um trapo o nu, o aflito uma esperança.
Que em teu Natal a Terra se transforme
Num caminho sublime, santo e enorme
Se alegria e bonança!

Apesar dos exemplos da humanidade
Do teu amor a toda a Humanidade,
A Terra é o mundo amargo dos gemidos,
De tortura, de treva e impenitência,
Que a luz do amor de tua Providência
Ampare os seres tristes e abatidos.
.....................................................................

E em teu Natal, reunidos nós queremos,
Mesmo no mundo dos desencarnados,
Esquecer nossas dores e pecados,
Nos afetos mais doces, mais extremos,
Reviver a efeméride bendita
Da tua aparição na Terra aflita,
Unir a nossa voz à dos pastores,
Lembrando os milagrosos esplendores
Da estrela de Belém,
Pensando em ti, reunindo-nos no Bem
Na mais pura e divina vibração,
Fazendo da humildade
Nosso caminho de felicidade,
Estrada de ouro para a Perfeição!

Carmen Cinira


Psicografia Chico Xavier Livro:Antologia Mediúnica do Natal





ORAÇÃO ANTE A MANJEDOURA
Veja lindo power point


Senhor, quando iniciaste o Divino Apostolado, na manjedoura singela, preocupava-se o Império Romano por um mundo só, em que se garantisse a paz pela centralização administrativa. Augusto, o glorioso Imperador, ostentava a coroa do supremo poder humano, cercado de legisladores e filósofos que pugnavam pela unidade política da Terra... No entanto, Senhor, sabias que além da superfície brilhante das palavras, formavam-se legiões consagradas ao aniquilamento e à morte.

Enquanto se erguiam as vozes do senado, proclamando o direito, a concórdia e a dignidade humana, a Espanha pagava dolorosos tributos de sangue à pacificação; a Germânia experimentava a miséria; a Grécia conhecia incêndios e devastações da conquista; a Arábia tremia sob o terror; a Armênia pranteava os seus filhos; a África dobrava-se sob atrozes humilhações. Em Roma, os poetas teciam madrigais à beleza e os literatos homenageavam a justiça; mas, nas margens do Danúbio e do Reno, soluçavam crianças e mães desamparadas.

Sabemos, hoje, que a atmosfera de júbilo reinante no mundo de então, representava fruto de Tua presença santificante e reconhecemos que os homens se embriagavam de alegria por fora, continuando, porém, por dentro, os mesmos enigmas de luz e treva, ignorância e conhecimento, impulsividade e razão. Sabias, por Tua Vez, que eles glorificavam o respeito à dignidade pessoal e matavam-se nos circos, sob o aplauso quente da multidão; reverenciavam os deuses nos templos de pedra e partiam, em seguida, integrando expedições dedicadas à rapinagem; declaravam-se livres perante a Lei e escravizavam-se, cada vez mais, ao Império do egoísmo e da morte.

Não consideras Senhor, que o quadro atual continua quase o mesmo? Desde a Renascença, ouvimos lições de concórdia mundial, ensinamentos alusivos à liberdade, cânticos religiosos exaltando a fraternidade, discursos filosóficos definindo conceitos de solidariedade humana, argumentos científicos em favor da renovação social para um mundo só, onde a existência seja digna de ser vivida, mais elevada, mais feliz. Todavia, enquanto os peritos diplomáticos se reúnem solenes mobilizando rotativas e microfones, o espírito de hegemonia domina os povos e o ódio calcina os corações.

Entoam-se hosanas à paz nos templos calmos e prepara-se a guerra nas fábricas febris. A discórdia doméstica e coletiva nunca foi tão complexa, agora que a Sociologia é mais pródiga em conceituação de harmonia. Os homens, não contentes com o poder de matar pelo canhão e pela metralhadora, pelo gás e pela fome, descobriram a desintegração atômica, a fim de que não somente os irmãos na espécie sejam exterminados, mas também os animais e as árvores, os ninhos e os vermes, os elementos vitalizantes do ar, da água e do solo... E invocam-Te a presença, antes da batalha, abençoam armas em Teu Nome, declaram-se Teus protegidos, acionando maquinarias de arrasamento.

Relacionando, porém, estas verdades, não desconhecemos que o Teu amor infinito prossegue vigilante e que, se nenhum serviço do bem permanece despercebido diante de Tua misericórdia, nenhuma interferência do mal se perpetua sem a corrigenda de Tua justiça! Acompanhas Teu rebanho com a mesma esperança do primeiro dia e, quando as ovelhas tresmalhadas se precipitam no despenhadeiro, ainda é a Tua bondade que intervém, carinhosa, salvando-as da queda fatal. Teu devotamento cresce com as nossas transgressões, e se permites que a ventania do sofrimento nos fustigue o rosto, que os golpes da guerra nos abalem as entranhas do ser, é que, Artista Divino, concedes poder ao martelo da dor, a fim de que, vibrando sobre nós, desfaça a crosta de endurecimento que nos deforma a vida, entregando-nos a temporário infortúnio estabelecido por nós mesmos, como se fôramos pedras valiosas, confiadas ao zelo de um lapidário prudente e benigno!...

É por este motivo, Mestre, que inclinados sobre a recordação de Teu Natal, agradecemos a luta benfeitora que nos deste, a experiência que nos persiste, as bênçãos que renovas sobre a nossa fronte todos os dias! Pastor benevolente e sábio, revela-nos o aprisco do bem! Conheces os caminhos que ignoramos; acendes a tocha da verdade quando as trevas da mentira se espalham em torno; sabes onde se ocultam as armadilhas perigosas das margens; identificas de longe a presença da tempestade; tens o verbo que desperta o estímulo sadio; ensinas onde se localizam os raios do farol que conduz e as chamas do incêndio que destrói; curas nossas chagas sem panacéias de fantasia; repreendes amando; esclareces sem ferir; não desprezas as ovelhas quebrantadas, nem abandonas as que ouviram o convite sedutor dos lobos escondidos na sombra!... Sê abençoado, Senhor, nos séculos, pela eternidade de Teu amor, pela grandeza de Teu trabalho, pela serenidade de Tua sublime esperança.

E permita que nós, prosternados em espírito, ante a lembrança de Tua manjedoura desprotegida, possamos regressar às bases simples e humildes da vida, continuando nosso trabalho redentor, após repetir com o velho Simeão, encanecido nas inquietantes experiências do mundo: “Agora, Senhor, despede em paz o Teu servo, segundo a Tua palavra, pois já os nossos olhos viram a salvação”

Texto extraído do livro: “À Luz da Oração”. Psicografia de Chico Xavier pelo espírito de Irmão X. Imagem: Internet Formatação: Annapon Música: Caixinha de dormir - Noite feliz -


NATAL DE MARIA. 
Noite... Natal!... Na hora derradeira, 
Sozinha num brejão, com sede e fome, 
Morre jogada à febre que a consome 
A velhinha Maria Cozinheira... 
Lembra o Natal dos tempos de solteira, 
Olha a esteira enrolada e o chão sem nome, 
Mas, de repente, vê que tudo some, 
Está livre do corpo e da canseira!... 
Ouve cantos no céu que se descerra: 
- “Glória a Deus nas Alturas!... Paz na Terra...”. 
Maria, sem querer, sobre espantada... 
Nisso, irrompe do Azul divina estrela... 
Alguém surge!... É Jesus a recebe-la 
No sublime clarão da madrugada. 


Espírito: CONÉRLIO PIRES.
Fonte: Livro Antologia mediúnica do Natal
Psicografia: Francisco Cândido Xavier. 
Digitado por: Lúcia Aydir – SP/08/2005


CANÇÃO DO NATAL. 
 Mestre Amado agradecemos, 
 em teu Natal de alegria, 
 a paz que nos anuncia 
 a vida superior... 
 Por nossa esperança em festa, 
 pelo pão, pelo agasalho, 
 pelo suor do trabalho, 
 louvado seja, Senhor!... 
   
 Envoltos na luz da prece, 
 louvamos-te os dons supremos, 
 nas flores que te trazemos, 
 cantando de gratidão!... 
 Felizes e reverentes, 
 rogamos-te, Doce Amigo, 
 a bênção de estar contigo 
 no templo do coração. 
Casimiro Cunha F.C.X. 



 CARTÃO DE NATAL.
Espírito: MEIMEI. 
Ao clarão do Natal, que em ti acorda a música da esperança, escuta a voz de alguém que te busca o ninho da própria alma!... Alguém que te acende a estrela da generosidade nos olhos e te adoça o sentimento, quais se trouxessem uma harpa de ternura esconda no peito.
Sim, é Jesus, o amigo fiel, que volta.
Ainda que não quisesse, lembar-lhe-ias hoje os dons inefáveis, ao recordares as canções maternas que te embalaram o berço, o carinho de teu pai, ao recolher-te nos braços enternecidos, a paciência dos mestres que te guiaram na escola e o amor puro de velhas afeições que te parecem distantes.
Contemplas a rua, onde luminárias e cânticos lhe reverenciam a glória;
entretanto, vergas-te ao peso das lágrimas que te desafogam o coração... É que ele te fala no íntimo, rogando perdão para os erram, socorro aos que sofrem, agasalho aos que tremem na vastidão da noite, consolação aos que gemem desanimados e luz para os que jazem nas trevas.
Não hesites! Ouve-lhe a petição e faze algo!... Sorri de novo para os que te ofenderam; abençoa os que feriram; divide o farnel com os irmãos em necessidade;
entrega um minuto de reconforto ao doente; oferece numa fatia de bolo aos que oram, sozinhos, sob ruínas e pontes abandonadas; estende um lençol macio aos que esperam a morte, sem aconchego do lar; cede pequenina parte de tua bolsa no auxílio às mães fatigadas, que se afligem ao pé dos filhinhos que enlanguescem de fome, ou improvisa a felicidade de uma criança esquecida.
Não importa se diga que cultivas a bondade somente hoje quando o Natal te deslumbra!... Comecemos a viver com Jesus, ainda que seja por algumas horas, de quando em quando, e aprenderemos, pouco a pouco, a estar com ele, com todos os instantes, tanto quanto ele permanece conosco, tornando diariamente ao nosso convívio e sustentando-nos para sempre.

FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÙNICA DO NATAL –
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.




sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Pequeno Espírita



O Perispírito, nosso corpo espiritual, nos acompanha em nossa evolução. Vai se transformando, muito lentamente, conforme melhoramos a cada encarnação.
Fonte: Perispírito em História I 

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A Morte não é Nada " Santo Agostinho "

"A morte não é nada. 
Eu somente passei 
para o outro lado do Caminho.

Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês, 
eu continuarei sendo.

Me dêem o nome 
que vocês sempre me deram, 
falem comigo 
como vocês sempre fizeram.

Vocês continuam vivendo 
no mundo das criaturas, 
eu estou vivendo 
no mundo do Criador.

Não utilizem um tom solene 
ou triste, continuem a rir 
daquilo que nos fazia rir juntos.

Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.

Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi, 
sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra
ou tristeza.

A vida significa tudo 
o que ela sempre significou, 
o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora 
de seus pensamentos,
agora que estou apenas fora 
de suas vistas?

Eu não estou longe, 
apenas estou 
do outro lado do Caminho...

Você que aí ficou, siga em frente,
a vida continua, linda e bela
como sempre foi."
O texto 'A morte não é nada' não é de Santo Agostinho. É uma tradução com adaptações de 'Death is nothing at all' de Henry Scott Holland
Fonte:www.asemente.prosaeverso.net

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