sábado, 24 de março de 2012

Chico Xavier. Sua primeira mensagem...

Ansiosamente aguardada a manifestação verbal do saudoso irmão Francisco Cândido Xavier, desencarnado no dia 31 de junho de 2002, esta ocorreu em Pedro Leopoldo MG - Brasil, na noite de 22 de junho,  de 2003, em reunião pública na sede do Centro Espírita "Bezerra de Menezes", mediante psicografia do médium Carlos Antônio Baccelli.

Queridos irmãos e irmãs:

Jesus nos abençoe.
Estou aqui e, através destas palavras singelas, venho ao encontro de todos vocês, com muito carinho e reconhecimento em meu coração de servidor sempre agradecido.
Dirigindo-me à querida família espírita de nossa Pedro Leopoldo, dirijo-me, com a permissão de Jesus, a todos os integrantes da querida e imensa família espírita que, do nosso Brasil, se estende por outros países.
Agradeço-lhes, meus irmãos, por tudo: pelo carinho que vocês sempre me dispensaram, ao lado dos nossos Benfeitores Espirituais, para que eu conseguisse levar avante o compromisso abraçado. Louvado seja Deus, que os colocou em meu caminho, para que, diante dos obstáculos, eu não esmorecesse na luta que, evidentemente, há de prosseguir para todos nós, para maior honra e glória Daquele a quem nos compete servir invariavelmente.
Perdoem-me, se, neste momento, a emoção toma o meu coração por inteiro e eu, igualmente, não sabia o que lhes dizer com exatidão. Aqui compareço, nesta manhã na mesma condição daqueles companheiros que me antecederam na palavra e, sinceramente, não me reconheço sob o regime de qualquer privilégio em relação a eles ou a vocês, que continuam  e devem continuar se esforçando para prosseguir com o ideal que abraçamos, em nossa Doutrina de Amor e Paz.
Unamos-nos e procuremos melhor servir aos propósitos do Evangelho, operando a nossa própria renovação, dando combate às imperfeições que ainda nos assinalam e que, tantas vezes, nos induzem a cometer maiores equívocos no cumprimento do dever.
A obra dos Amigos Espirituais, por meu intermédio, em verdade, não pertence a eles mesmos e, muito menos a mim, que prossigo deste Outro lado da Vida, me considerando na condição de um cisco! A tarefa que encetamos na Doutrina pertence ao Senhor e, para executá-la com a devida fidelidade, carecemos de  colocar de lado o personalismo e não tomar o caminho da polêmica inútil. Não nos dispersemos, despendendo energias espirituais que deverão ser consumidas unicamente nas tarefas que prosseguem sob a nossa responsabilidade.
Perdoem-me, se, escrevendo a vocês neste instante, eu não consigo deixar de ser o Chico que sempre fui...o que, afinal de contas, continuo sendo, para ser o espírito feericamente iluminado que os amigos sempre me supuseram, por bondade deles e não por méritos que, em verdade, eu nunca tive e prossigo sem ter! Em mim, mesmo após a desencarnação, continuam subsistindo muitos traços de treva e me reconheço muito distante da condição em que os amigos me colocam. A nada mais aspiro, se o Senhor assim me consentir, senão dar sequência ao humilde trabalho que o Espiritismo, na revivescência do Evangelho, nos possibilita em favor de todos os nossos irmãos em Humanidade.
Escrever-lhes nessa hora, acreditem, sem nenhuma preocupação e espero, sinceramente espero, que estas minhas palavras não nos ocasionem maiores contendas e não nos induzam ao esquecimento de nossa obrigações fundamentais. Eu jamais seria capaz de silenciar ou de me considerar um espírito diferente de tantos outros - embora a minha total desvalia - que estão e sempre estarão à disposição daqueles que necessitem de uma palavra de encorajamento e de companheirismo, a fim de que não se fragilizem na vivência do Ideal.
Deixo-lhes, queridos irmãos e irmãs, o meu abraço fraternal e a minha alegria por ainda me sentir integrado, com todos vocês, na Causa que nos é comum e que, sem dúvida, nos merece e nos merecerá sempre o melhor esforço e o maior devotamento. Impossível que, neste primeiro contato, eu lograsse extravasar todas as emoções que me possuem o espírito em forma de gratidão e de reconhecimento à família espírita do Brasil, da qual eu me tornei eternamente devedor.
Com a minha saudade, a minha imensa saudade de todos os dias, sou o irmão e servidor sempre grato, o menor dentre os menores servidores da nossa Causa, sempre o seu
Chico
(Chico Xavier)

Extraído do livro Chico Xavier, a Reencarnação de Allan Kardec
Carlos A, Baccelli - Livraria Espírita Edições "Pedro e Paulo" 
Ano 2005

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