sábado, 27 de outubro de 2012


Meu agradecimento especial à "Falange Imortal" pelo carinho e apreço por esse espaço; enriquecendo o blog com essa prece "Deus" de Eurípedes Barsanulpho.

 Obrigada, fiquei muito feliz!
Elaine Saes 


DEUS 

O universo é obra inteligentíssima; obra que transcende a mais genial inteligência humana; e como todo efeito inteligente tem uma causa inteligente, é forçoso inferir que a do Universo é superior a toda a inteligência; é a inteligência das inteligências; a Causa das Causas; a Lei das Leis; o Princípio dos Princípios; a Razão das Razões; a Consciência da Consciências; é DEUS!

DEUS! Vós que Vos revelais pela natureza, vossa filha e nossa mãe, reconheço-Vos eu, Senhor! Na poesia da Criação, na criança que sorri, no ancião que tropeça, no mendigo que implora, na mão que assiste, na mãe que revela, no pai que instrui, no apóstolo que evangeliza!

DEUS! Reconheço-Vos eu, Senhor! No amor da esposa, no afeto do filho, na estima da irmã, na justiça do justo, na misericórdia do indulgente, na fé do pio, na esperança dos povos, na caridade dos bons, na inteireza dos íntegros!

DEUS! Reconheço-Vos eu, Senhor! No estro do vate, na eloquência do orador, na inspiração do artista, na santidade do moralista, na sabedoria do filósofo, nos fogos do gênio!

DEUS! Reconheço-Vos eu, Senhor! Na flor dos vergéis, na relva dos vales, no matiz dos campos, na brisa dos prados, no perfume das Campinas, no murmúrio das fontes, no rumorejo das Franças, na música dos bosques, na placidez dos lagos, na altivez dos montes, na amplidão dos oceanos, na majestade do firmamento!

DEUS! Reconheço-Vos eu, Senhor! Nos lindos antélios, no íris multicor, nas auroras polares, no argênteo da lua, no brilho do sol, na fulgência das estrelas, no fulgor das Constelações!

DEUS! Reconheço-Vos eu, Senhor! Na formação das nebulosas, na origem dos mundos, na gênese dos sóis, no berço das humanidades, na maravilha, no esplendor, no sublime do infinito!

DEUS! Reconheço-Vos eu, Senhor! com Jesus, quando ora: "PAI NOSSO QUE ESTAIS NOS CÉUS..."  ou com os anjos quando cantam "GLORIA A DEUS NAS ALTURAS..." Aleluia.


EURÍPEDES BARSANULPHO

Sacramento, 10 de janeiro de 1914

 Comentário deixado por Falange Imortal:
Olá pessoal da Escolinha Espírita, obrigado por nos acolher sempre, pois aqui sempre venho para ler as preces que disponibilizam...eu quero hoje, compartilhar com o site, contribuindo com uma prece que encontrei na instituição da qual faço parte Sociedade Espírita Anjo Ismael, com sede na cidade de Ribeirão Preto, interior do Estado de São Paulo...a prece que encontramos é de autoria do nosso amigo e irmão Eurípedes Barsanulpho, que por sinal uma das mais lindas que já encontrei, são todas lindas, mas esta não sabia, até que o presidente desta instituição me forneceu para que providenciasse cópias...segue abaixo e espero que todos apreciem-na e mais uma vez obrigado pela existência desse espaço de luz...






quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Bem Sofrer e Mal Sofrer

Há somente três Fatalidades para nós Espíritos:
O Nascimento; 
O Desencarne;  
A Iluminação.
O resto, fica por conta de nosso livre-arbítrio!
O Espiritismo como despertador de consciências, nos auxilia, não através de medos e cobranças, mas através do raciocínio que desenvolve a responsabilidade.
Eis abaixo uma mensagem onde podemos sentir exatamente essa realidade. Boa leitura.
Elaine Saes


BEM SOFRER E MAL SOFRERLacordaire - Havre, 1863

Quando Cristo disse: "Bem-aventurados os aflitos, porque deles é o Reino dos Céus", não se referia aos sofredores em geral, porque todos os que estão neste mundo sofrem, quer estejam num trono ou na miséria, mas ah! Poucos sofrem bem, poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzir ao Reino de Deus. O desânimo é uma falta; Deus vos nega consolações, se não tiverdes coragem. 

A prece é um sustentáculo da alma, mas não é suficiente por si só; é necessário que se apóie numa fé ardente na bondade de Deus. Tendes ouvido freqüentemente que Ele não põe um fardo pesado em ombros frágeis. O fardo é proporcional às forças, como a recompensa será proporcional à resignação e à coragem. A recompensa será tanto mais esplendente quanto mais penosa tiver sido a aflição. Mas essa recompensa deve ser merecida, e é por isso que a vida está cheia de tribulações.

O militar que não é enviado à frente de batalha não fica satisfeito, porque o repouso no acampamento não lhe proporciona nenhuma promoção. Sede como o militar, e não aspireis a um repouso que enfraqueceria o vosso corpo e entorpeceria a vossa alma. Ficai satisfeitos, quando Deus vos envia à luta. Essa luta não é o fogo das batalhas, mas as amarguras da vida, onde muitas vezes necessitamos de mais coragem que num combate sangrento, pois aquele que enfrenta firmemente o inimigo poderá cair sob o impacto de um sofrimento moral. O homem não recebe nenhuma recompensa por essa espécie de coragem, mas Deus lhe reserva os seus louros e um lugar glorioso. Quando vos atingir um motivo de dor ou de contrariedade, tratai de elevar-vos acima das circunstâncias. E quando chegardes a dominar os impulsos da impaciência, da cólera ou do desespero, dizei, com justa satisfação: "Eu fui o mais forte!"

Bem-aventurados os aflitos, pode, portanto, ser assim traduzido; bem-aventurados os que têm a oportunidade de provar a sua fé, a sua firmeza, a sua perseverança e a sua submissão à vontade de Deus, porque eles terão centuplicadas as alegrias que lhes faltam na Terra, e após o trabalho virá o repouso.

Extraído: Livro do Espíritos - Bem-Aventurados os Aflitos - Instruções dos Espíritos - Bem sofrer e mal sofrer - Lacordaire Havre, 1863

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Dia das Crianças!!!

Dia de festa...
Dia de alegria...
Dia de colorido...
Dia de risada...
Dia de doces...
Dia de brincar!
Vamos deixar nossa criança interior se manifestar...
Vamos ser criança... Vamos ser simples...
Vamos nos perdoar...
Vamos Sorrir...
Vamos nos acarinhar!
Elaine Saes


Criança Feliz,
Feliz a cantar...
Alegre a embalar,
Seu sonho infantil.

Oh! meu bom Jesus,
Que a todos conduz,
Olhai as crianças 
Do nosso Brasil!

Crianças com alegria,
Qual um bando de andorinhas,
Viram Jesus que dizia,
"Vinde a mim as criancinhas".

Hoje no céu um aceno,
Os anjos dizem amém,
Porque Jesus Nazareno,
foi criancinha Também!

Composição de Francisco Alves/ Rene Bittencourt


sábado, 6 de outubro de 2012

A Prece


O ESPIRITISMO E A PRECE
A compreensão espírita do que seja a prece repousa necessariamente sobre a concepção espírita de Deus.
Se do à prece um estado em que os Espíritos buscam comunicar-se com Deus, o modo como o espírita ora.
Depende de como ele crê em Deus, e uma noção equivocada de Deus logicamente distorce os objetivos da prece.
A prece, constituindo-se em ligação com o Criador ou com Espíritos Superiores, seus mensageiros, sempre se constitui em alimento para almas famintas, alívio para os enfermos, serenidade para os aflitos, desde que imbuída de sentimentos verdadeiros. Aliás, a pureza é o elemento mais importante de uma prece, sendo secundárias as palavras e fórmulas escolhidas.
Sabendo que Deus é todo-poderoso, imutável, eterno, soberanamente justo e bom, criador de leis que governam sabiamente a vida em todos os níveis, jamais poderão nossas preces pretender resultados que neguem seus atributos, sob pena de simplesmente não serem atendidas.
Eis porque as coisas que pedimos em função do egoísmo, do orgulho e da manutenção de nossas vaidades, não nos são concedidas. Mas podemos contar com tudo que necessitamos para nosso progresso espiritual: boas inspirações, lucidez, aprendizado, serenidade, oportunidades.
A prece além do fortalecimento íntimo que proporciona, é uma expressão de nosso livre-arbítrio, solicitando a Deus que aja em nossas vidas para favorecer nossos processos internos de reflexão e amadurecimento, quando por eles nos decidimos. E pressupõe uma elevação de nossos padrões vibratórios, que nos torna acessíveis às intuições dos bons Espíritos.
Contudo, isto não pode acontecer quando nossas preces são a simples recitação de textos prontos, repetições que não exprimem sentimentos, ou reproduções de frases decoradas, anos a fio, por mera formalidade ou desencargo de consciência.
A prece é eficaz, quando a cada palavra corresponde um sentimento ou desejo que emerge do mais fundo de nossas almas. Só assim ela pode criar a ligação fluídica necessária para atingir seus resultados em nossas vidas ou nas vidas daqueles por quem pedimos. Feita deste modo, ela cabe em todo lugar, a qualquer momento, perante qualquer situação, seja íntima ou compartilhada com outras pessoas.
Rita Foelker

Agradecimento à Raimundo Almeida - grupo aberto - Espiritismo Portugal . 




quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Prece de Gratidão - Emmanuel

Senhor, muito obrigado pelo que me deste, pelo que me dás! Pelo ar, pelo pão, pela paz!

Muito obrigado, pela beleza que meus olhos vêen no altar da natureza. Olhos que contemplam o céu cor de anil, e se detém na terra verde, salpicada de flores em tonalidades mil!
Pela minha faculdade de ver, pelos cegos eu quero interceder, por aqueles que vivem na escuridão e tropeçam na multidão, por eles eu oro e a Vós imploro comiseração, pois eu que depois dessa lida, numa outra vida, eles enxergarão!

Senhor, muito obrigado pelos ouvidos meus. Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro, 
a melodia do vento nos ramos do salgueiro, a dor e as lágrimas que escorrem no rosto do mundo inteiro. Ouvidos que ouvem a música do povo, que desce do morro na praça a cantar. A melodia dos imortais que a gente ouve uma vez e não se esquece nunca mais.
Diante de minha capacidade de ouvir, pelos surdos eu te quero pedir, pois eu sei, que depois desta dor, no teu reino de amor, eles voltarão a ouvir!


Muito obrigado Senhor, pela minha voz! Mas também pela voz que canta, que ensina, que consola. Pela voz que com emoção, profere uma sentida oraçãp! Pela minah capacidade de falar, pelos mudos eu Vos quero rogar, pois eu sei que depois desta dor, no vosso reino de amor, eles também cantarão!


Muito obrigado Senhor, pelas minhas mãos, mas também pelas mãos que aram, que semeiam, que agasalham. Mãos de caridade, que solidariedade. Mãos que apertam mãos. Mãos de poesias, de cirugias, de sinfonias, de psicografias, mãos que numa noite fria, cuida ou lava louça numa pia.
Mãos que a beira de uma sepultura, abraça alguém com ternura, num momento de amrgura. Mãos que no seio, agasalham o filho de um corpo alheio, sem receio.


E meus pés que levam a caminhar, sem reclamar. Porque eu vejo na Terra amputados, defsormados, aleijados e eu posso bailar. Por ele eu oro, e a ti imploro, porque eu sei que depois dessa expiação, numa outra situação, eles também bailarão.


Por fim Senhor, muito obrigado pelo meu lar! Pois é tão maravilhoso ter um lar.

Não importa se este lar é uma mansão, um ninho, uma casa no caminho, um bangalô, seja lá o que for. O importante é que dentro dele exista a presença da harmonia e do amor.
O amor de mãe, de pai, de irmão, de uma companheira. De alguém que nos dê a mão, nem que seja a presença de uma cão, porque é muito doloroso viver na solidão.

Mas se eu ninguém tiver, nem um teto para me agasalhar, uma cama para eu deitar, um ombro para eu chorar, ou alguém para desabafar, não reclamarei, não lastimarei, nem blasfemarei.


Porque eu tenho a Vós.

Então muito obrigado porque eu nasci.

E pelo Vosso amor, Vosso sacrifício e Vossa paixão por nós, muito obrigado Senhor!

Emmanuel


Agradecimento à querida Fátima Pagano

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Como é rica a fase da Adolescência e Juventude


É tempo de consciência e ação, já sabemos quem somos; de onde viemos e para que viemos. Não há mais o que temer. Nossa existência é marcada por fases, todas entrelaçadas e de grande importância, e o nosso destino é caminhar, desenvolver, iluminar.
Tudo aquilo que não conhecemos, tememos, é natural, faz parte de nossa Natureza. Por isso muitas vezes passamos décadas fugindo de nosso dever, nos escondendo nas ilusões da vida, até que a vida se encarrega de nos dar o amadurecimento, aquela frase tão conhecida e  tão temido por tantos - a vida ensina - Em contrapartida, tudo aquilo que conhecemos nos traz segurança. Esse é o nosso convite, se conheça, estude, busque o entendimento que cada fase da vida requer de você e com certeza seu caminhar será amenizado, se sentirá mais feliz. E poderá ajudar ao próximo com suas experiências. Esse é o convite de Jesus.
Leia esse  texto interessante de Joanna de Angelis e reflita como é rica essa fase da adolescência e juventude. Aproveite-a com sabedoria. 
Elaine Saes

O ADOLESCENTE: POSSIBILIDADES E LIMITES

Na quadra primaveril da adolescência tudo parece fácil, exatamente pela falta de vivência da realidade humana. O adolescente examina o mundo através das lentes límpidas do entusiasmo.
A vida é um conjunto de possibilidades que se apresentam para ser experimentadas, facultando o crescimento intelecto-moral dos seres. Para o jovem sonhador, que tudo vê róseo, há muitos caminhos a percorrer, que exigem esforços, bom direcionamento de opções e sacrifício.
Assim, as possibilidades do adolescente estão no investimento que ele aplica para a conquista do que traça como objetivo. Nesse período, tem-se pressa, ansioso pelos voos que pretende desferir, pensa que as suas aspirações podem ser transformadas em realidade de um para outro momento, e, quando isso não ocorre, deixa-se abater por graves frustrações e desânimo. No entanto através desse vaivém de alegria e desencanto passa a entender que os fenômenos existenciais independem das suas imposições, decorrido de muitos fatores que se conjugam para oferecer resultado correspondente.
Nessa sucessão de contrários, amadurece-lhe a capacidade de compreensão e aprimora-se a faculdade de planejar, auxiliando-o a colocar os pés no chão sem a perda do otimismo, que é fator decisivo para o prosseguimento das aspirações e da sua execução contínua.
Face à constituição da vida, não basta anelar e querer, mas produzir e perseverar. Esse meio de levar adiante os planos acalentados demonstra que há limites em todos os indivíduos, que não podem ser ultrapassados, e que se apresentam na ordem social, moral, econômica, cultural, científica, enfim, em todas as áreas dos painéis existenciais.
Os acontecimentos são conforme ocorrem e não consoante gostariam que se sucedessem. A sabedoria, que decorre das contínuas lutas, demonstra que se deve realizar o que é possível, aguardando o momento oportuno para novos cometimentos. Especificamente, cada dever tem o seu lugar e não é lícito assumir diversos labores que não podem ser executados de uma só vez.
A própria organização física, constitui limite para todos os indivíduos. O limite se encontra na capacidade das resistências físicas, moral e mental, que constituem os elementos básicos do ser humano, e no enfrentamento com os imperativos da sociedade, da época em que se vive etc.
Certamente, há homens e mulheres que se transformaram em exceção, havendo pagado pesados ônus de sacrifício, graças ao qual abriram à História páginas e incomparável beleza. Simultaneamente, também, houve aqueles que mergulharam no fundo abismo do desencanto, deixando-se dominar por terríveis angústias que lhes estiolaram a alegria de viver e os maceram, levando-os a estados profundamente perturbadores, porque não possuíam essas energias indispensáveis para as conquistas que planejaram.
Ao moço compete o dever de aprender as lições que lhe chegam, impregnando-se das suas mensagens e abrindo novos espaços para o futuro.
Quando arrebatado pelo entusiasmo, considerar que há tempo para semear como o há para colher; quando deprimido, liberar-se das sombras pelo esforço de acender as regiões onde brilha a luz da esperança, compreendendo que a marcha começa no primeiro passo, assim como o discurso mais inflamado tem início na primeira palavra. Todas as coisas exigem planificação e tentativa. Aquele que se recusa experimentar, já perdeu parte do empreendimento. Não há por que recear o insucesso. Esse medo da experimentação já é, em si mesmo, uma forma de fracasso. Arriscar-se, no bom sentido do termo, é intensificar os esforços para produzir, mesmo que, aparentemente, tudo esteja contra. Não realizando, não tentando, é claro que as possibilidades são infinitamente menores. Sempre vence aquele que se encontra alerta, que labora que persiste.
A atitude de esperar que tudo aconteça em favor próprio é comodidade injustificável; e deixar-se abater pelos pensamentos pessimistas, assim como pelas heranças auto-depreciativas, significa perder as melhores oportunidade de crescimento interior e exterior, que se encontram na adolescência. Esse é o momento de programar; é o campo de experimentação.
Quando o jovem começa a delinear o futuro não significa que haja logrado a vitória ou perdido a batalha, apenas está traçando rotas que o levarão a um ou a outro resultado, ambos de muito valor na sua aprendizagem, em torno da vida na qual se encontra.
A perseverança e o idealismo sem excesso responderão pelo empreendimento iniciado. O adolescente não deve temer nunca o porvir, porquanto isso seria limiar as aspirações, nem subestimar as lições do cotidiano, que lhe devem constituir mensagens de advertência, próprias para ensinar-lhe como conseguir os resultados Superiores.
Assim, nesse período de formação de identificação consigo mesmo, a docilidade no trato, à confiança nas realizações a gentileza na afetividade, o trabalho constante, ao lado do estudo que se aprimora os valores e desenvolve a capacidade de entendimento, devem ser o programa normal de vivenciar os prazeres, os jogos apaixonantes do desejo, as buscas intérminas do gozo cedem lugar aos compromissos iluminativos que desenham a felicidade na alma e materializam-na no comportamento.
Ser jovem não é, somente, possuir forças orgânicas, capacidade de sonhar e de produzir, mas, sobretudo, poder discernir o que precisa ser feito, como executá-lo e para que realizá-lo.
A escala de valores pessoais necessita ser muito bem considerada, a fim de que o tempo não seja empregado de forma caótica em projetos de secundária importância, em detrimento de outros labores primaciais, que constituem a primeira meta existencial, da qual decorrerão todas as outras realizações.
São infinitas, portanto, as possibilidades da vida, limitadas pelas circunstâncias, pelo estágio de evolução de cada homem e de cada mulher, que devem, desde adolescentes, programar o roteiro da evolução e seguir com segurança, etapa a etapa, até o momento de sua auto-realização.
Joanna de Angelis
Adolescência e Vida – Joana de Angelis – Divaldo Pereira - cap. 6 – O adolescente: possibilidades e limites

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A CRIANÇA OBSIDIADA


Suely C. Schubert
“Aliás, não é racional considerar-se a infância como um estado normal de inocência.
Donde a precoce perversidade, senão da inferioridade do Espírito, uma vez que a educação em nada contribuiu para isso?”(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec questão 199-a.)
Não se vê em crianças dotadas dos piores instintos, numa Idade em que ainda nenhuma influência pode ter tido a educação?
Crianças obsidiadas suscitam em nós os mais profundos sentimentos de solidariedade e comiseração.
Tal como acontece ante as demais enfermidades que atormentam as crianças, também
sentimos ímpetos de protegê-las e aliviá-las, desejando mesmo que nada as fizesse sofrer.
Pequeninos seres que se nos apresentam torturados, inquietos, padecentes de enfermidades
impossíveis de serem diagnosticadas, cujo choro aflito ou nervoso nos condói e impele à
prece imediata em seu benefício, são muita vez obsidiados de berço. Outros se apresentam
sumamente irrequietos, irritados desde que abrem os olhos para o mundo carnal. Ao
crescer, apresentar-se-ão como crianças-problema, que a Psicologia em vão procura
entender e explicar.
São crianças que já nascem aprisionadas — aves implumes em gaiolas sombrias —,
trazendo nos olhos as visões dos panoramas apavorantes que tanto as inquietam. São
reminiscências de vidas anteriores ou recordações de tormentos que sofreram ou fizeram
sofrer no plano extrafísico, antes de serem encaminhadas para um novo corpo. Conquanto a
nova existência terrestre se apresente difícil e dolorosa, ela é, sem qualquer dúvida, bem
mais suportável que os sofrimentos que padeciam antes de reencarnar.
O novo corpo atenua bastante as torturas que sofriam, torturas estas que tinham as suas
nascentes em sua própria consciência que o remorso calcinava. Ou no ódio e revolta em que
se consumiam.
E as bênçãos de oportunidades com que a reencarnação lhes favorece poderão ser a tão
almejada redenção para essas almas conturbadas.
A Misericórdia Divina oferecerá a tais seres instantes de refazimento, que lhes chegarão por
vias indiretas e, sobretudo, reiterados chamamentos para que se redimam do passado,
através da resignação, da paciência e da humildade.
(...)
Crianças que padecem obsessões devem ser tratadas em nossas instituições espíritas através
do passe e da água fluidificada, e é imprescindível que lhes dispensemos muita atenção e
amor, a fim de que se sintam confiantes e seguras em nosso meio. Tentemos cativá-las com
muito carinho, porque somente o amor conseguirá refrigerar essas almas cansadas de
sofrimentos, ansiando por serem amadas.
Fundamental, nesses casos, a orientação espírita aos pais, para que entendam melhor a
dificuldade que experimentam, tendo assim mais condições de ajudar o filho e a si próprios,
visto que são, provavelmente, os cúmplices ou desafetos do pretérito, agora reunidos em
provações redentoras. Devem ser instruídos no sentido de que façam o Culto do Evangelho
no Lar, favorecendo o ambiente em que vivem com os eflúvios do Alto, que nunca falta
àquele que recorre à Misericórdia do Pai.
A criança deve ser levada às aulas de Evangelização Espírita, onde os ensinamentos
ministrados dar-lhe-ão os esclarecimentos e o conforto de que tanto carece.
(...)
Extraído do livro Obsessão/Desobsessão - Suely C. Schubert cap. 12
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