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domingo, 24 de maio de 2015
PRECE
sábado, 23 de maio de 2015
Filhos Adotivos
adotar uma criança. Consumada a adotar uma criança. Consumada a adoção, semanas mais tarde a esposa constata,feliz e surpresa, que está grávida. Em breve o lar é enriquecido com mais um filho.
Afirmam os médicos que este fenômeno é freqüente a incapacidade do casal em gerar filhos é motivada pela tensão desenvolvida em vista do desejo extremado de alcançar a paternidade, o que inibe o mecanismo biológico da reprodução. Ao adotar a criança, os cônjuges relaxam a tensão, sucedendo-se, normalmente, a concepção.
Sob o ponto de vista espírita, não há aqui a mera influência de fatores determinados casais assumem perante a Espiritualidade o compromisso de cuidar de um filho adotivo, além dos nascidos de sua união. Se estes surgem primeiro, haverá a tendência para o casal sentir-se realizado nos seus ideais de paternidade, deixando de cumprir o planejamento feito. Então, mentores espirituais retardam por algum tempo os processos reencarnatórios marcados para aquele lar, até que se dê a adoção.
Há Espíritos que reencarnam para serem filhos adotivos. Esta situação faz parte de suas provações, geralmente porque no passado comportaram-se de forma indigna em relação aos deveres familiares. Voltam ao convívio dos companheiros do pretérito sem laços de consangüinidade, o que para os Espíritos de mediana evolução representa sempre uma provação difícil, destinada a ensiná-los a valorizar a vida familiar.
Harmoniza-se, assim, a situação de um grupo reunido no lar para serviços de resgate e reajuste, competindo aos pais o máximo de cuidado em favor daquele familiar que ressurge na condição de filho adotivo. Este, mais do que os outros, é alguém necessitado de muita compreensão e carinho, a fim de que, superando o trauma que fatalmente experimentará ao ter conhecimento de sua condição, aproveite integralmente os benefícios da experiência, sem marcas negativas em sua personalidade.
A incapacidade de gerar filhos pode ter outras motivações. O casal, por exemplo, que em existências anteriores furtou-se às emoções de reter junto ao coração um rebento de sua carne, por não desejar problemas, orientando suas ações em termos de egoísmo a dois, preocupado apenas com prazeres e sensações, segurança e conforto, poderá experimentar a angústia da esterilidade.
Em tais circunstâncias, os valores da abnegação e do amor podem ensejar perspectivas mais felizes. Seria o caso do casal sem filhos que se dedicasse de coração aos órfãos, quer trazendo-os carinhosamente ao convívio do próprio lar, que participando de instituições destinadas a dar-lhes amparo e assistência. Por terem abraçado filhos de lares alheios, ambos acabariam compensados com a alegria de abraçar seus próprios filhos.
Não pretendemos sugerir que todo casal sem filhos os terá, desde que parta para a adoção, seja porque deve receber primeiro o adotivo, seja porque o adotivo lhe dará méritos necessários.
Cada caso tem suas particularidades e ninguém pode avaliar a extensão dos compromissos assumidos por aqueles que experimentam a frustração de seus anseios de paternidade.
O que se pode afirmar é que o filho adotivo constitui sempre um treino dos mais nobres no campo da fraternidade, Nada mais meritório aos olhos de Deus, e talvez raros serviços na Terra sejam tão compensadores em termos de Vida Eterna.
Quando os homens compreenderem isso, não teremos mais orfanatos, porque toda criança sem pais encontrará corações generosos dispostos a dar-lhe carinho e amparo no próprio lar, semeando Amor para um mudo melhor.
Richard Simonetti
Brasil Espírita, Fevereiro de 1972
Extraído http://www.espirito.org.br/portal/artigos/simonetti/filhos-adotivos.html
quarta-feira, 20 de maio de 2015
A força do Espiritismo - Rita Folker
Quando Allan Kardec formulou as bases da Doutrina Espírita, ele recebia comunicações mediúnicas de cerca de mil centros espíritas espalhados por diversos lugares do mundo. Além de dialogar, ele mesmo, com os Espíritos, ele estudou o assunto por sua própria conta, comparou todas essas comunicações, pesquisou fenômenos e, só depois, veio a publicar "O Livro dos Espíritos", a primeira das Obras Básicas do Espiritismo.Um homem sozinho pode ser enganado. Pode enganar a si mesmo e a um pequeno número de pessoas.Se a Doutrina Espírita tivesse sido concebida por um só homem, seria preciso acreditar neste homem para acreditar na Doutrina, e ela estaria limitada por seu nível de esclarecimento e cheia dos seus preconceitos. Seria uma Doutrina com falhas.Se os Espíritos tivessem transmitido a Doutrina Espírita a um só homem, ele poderia ser enganado, por mais sinceros que fossem os seus propósitos, pois a razão de uma só pessoa pode errar em seus julgamentos.Mas o Espiritismo começou a ser revelado através de fatos que movimentaram diversos pontos do mundo ao mesmo tempo, na segunda metade do século passado. Os ensinamentos dos Espíritos foram disseminados através de comunicações mediúnicas dadas em lugares muito distante entre si e, apesar disto, e apesar das diferenças de linguagem, os princípios coincidiam precisamente. Não seria possível que a mesma idéia fosse lançada em grupos tão diferentes e que não tinham contato entre si, se elas não tivessem a mesma origem, se não tivessem uma finalidade maior.Segundo Allan Kardec, esta universalidade no ensinamento dos Espíritos é que torna o Espiritismo forte, indestrutível, garantindo, ao mesmo tempo, a autoridade do que ele nos ensina.O Espiritismo é um trabalho conjunto de homens e Espíritos.E pode-se, afinal, fazer desaparecer um homem, mas não se pode calar milhões de pessoas. Os fenômenos mediúnicos acontecem por toda parte, e mesmo que todos os livros espíritas fossem queimados, e os centros espíritas, fechados, o Espiritismo poderia começar novamente, pois a sua origem não está sobre a Terra. Onde houvesse um Espírito e um médium - e os há em todo lugar - poderia a Doutrina Espírita começar a ser revelada novamente.Sempre haverá gente que veja com seus próprios olhos e que tire suas próprias conclusões, partindo da lógica irrefutável dos princípios do Espiritismo.Livro: Um pouco por dia
Rita FoelkerEspiritismo, Amor e Luz, Bússola da Alma
Quando há dificuldades com as crianças e jovens na evangelização
2. Estabelecer junto com eles um contrato de convivência, onde será listada numa cartolina, papel madeira etc o que pode e o que não pode ser feito em sala de aula, é importante que todos deem sua contribuição, esse contrato tem que ficar exposto na sala em local visível e todos a aula poderá ser lido ou pela evangelizadora ou pelas crianças ( se souberem ler), após a prece inicial, de forma que seja relembrado o compromisso assumido por todos.
3. Após a aula, a criança ou jovem que tenha descumprido algum ponto do contrato de convivência deverá ficar um pouco mais e o evangelizador deve conversar com ele a respeito do comportamento apresentado, tudo isso feito com muito amor e paciência, tentado mostrar a ele que as aulas são valiosa oportunidade para que ele possa ter uma vida melhor, buscar novos caminhos, vamos tentando fazê-lo enxergar as próprias atitudes e os efeitos negativos dela.
4. A sugestão de coloca-los como auxiliares nas aulas é muita boa, acho que não apenas para registrar o comportamento dos outros ( pois pode parecer que estão sendo vigiados e julgados), mas contribuindo com as atividades como entregar as tarefas, colar algum cartaz ,segurar as figuras das historias enquanto elas são contadas, fazer o registro de presença, etc.
5. Outro ponto que precisa ser analisado é se a criança ou jovem não está precisando de um tratamento espiritual, podemos aplicar um passe antes do inicio das aulas, de forma individual. É importante que o DIJ trabalhe em parceria com o setor de atendimento fraterno para que juntos possam ajudar as crianças com problemas espirituais e familiares.
6. Colocar uma música no ínicio da aula e pedir que fechem os olhos e tentem acompanhar a melodia, identificando os instrumentos.
"Deus segundo Spinoza" ou "Deus falando com você"
" Acredito no Deus de Spinoza que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa em premiar ou castigar os homens".
Baruch Spinoza, filósofo judeu, viveu em Portugal no séc. XVII
Na Holanda, pelas suas ideias, foi banido pelos rabinos judeus.
Este texto foi chamado
"Deus segundo Spinoza" ou "Deus falando com você":
"Pára de ficar rezando e batendo no peito. O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes da tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz.
Pára de ir a estes templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. A Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nas praias. Aí é onde eu vivo e expresso o meu amor por ti.
Pára de me culpar pela tua vida miserável; eu nunca te disse que eras um pecador.
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes ler-me num amanhecer, numa paisagem, no olhar dos teus amigos, nos olhos do teu filhinho... não me encontrarás em nenhum livro...
Pára de tanto ter medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem me incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.
Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso castigar-te por seres como és, se fui Eu quem te fez?
Crês que eu poderia criar um lugar onde queimar todos os meus filhos, que não se comportassem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento que em ti só geram culpa, são artimanhas para te manipular, para te controlar .
Respeita o teu próximo e não faças aos outros o que não queiras para ti.
A única coisa que te peço é que prestes atenção à tua vida; que o teu estado de alerta seja o teu guia. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Pára de crer em mim... crer é supor, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas a tua filhinha, quando acaricias o teu cachorro, quando tomas banho de mar.
Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra acreditas que Eu seja? Tu sentes-te grato? Demonstra-o cuidando de ti, da tua saúde, das tuas relações, do mundo. Expressa a tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.
Pára de complicar as coisas e de repetir como um papagaio o que te ensinaram sobre mim.
Que marilhoso texto. Obrigada querida Rose Pedersoli Fuhrmann.
segunda-feira, 18 de maio de 2015
“As crianças e os jovens nos ensinam muito”
Por Alessandra Cintra:
Coordenadora da área de evangelização infantojuvenil, a educadora mineira radicada em Matão fala sobre a importância da evangelização de jovens e crianças
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É muito importante que as crianças e os jovens sintam Jesus, não apenas conheçam de forma teórica os seus ensinamentos, mas que vivenciem e cheguem à conclusão de que somente através dele é que seremos realmente felizes. O Espiritismo é facilitador para que isso ocorra, pois esclarece de uma forma lógica, racional, a mensagem do Cristo. Por que os pais devem ir com os filhos ao centro espírita e não apenas levar os filhos? Devemos focar sempre a família. Pais e filhos reencarnam juntos para crescerem juntos. Sendo assim, quando todos estão envolvidos no mesmo objetivo o resultado é muito mais satisfatório. É também uma forma de se incentivarem mutuamente, entusiasmar-se, buscar harmonia familiar e força para enfrentar os desafios. Qual a importância da constância e pontualidade da presença das crianças e jovens nas aulas e atividades? A evangelização infantojuvenil, se não é, deve ser uma das atividades mais organizadas da casa espírita, com uma programação a ser seguida, em uma sequência lógica que ajudará a criança e o jovem a se desenvolverem. Por isso, a frequência é de suma importância para assimilação do conteúdo. Já a pontualidade é algo que devemos adquirir para a nossa vida em qualquer situação. Como nos disse Emmanuel através do Chico: “Disciplina, disciplina, disciplina”. Essa elaboração planejada, didática, das aulas e atividades, deve ter prioridade? Por quê? Para qualquer trabalho que idealizamos, não basta apenas a presença da boa vontade; precisamos estudar, nos capacitar para tal, e na evangelização não poderia ser diferente. O evangelizador deve evoluir com o mundo infantil, procurar didáticas que envolvam a criança e o jovem para que eles se sintam motivados a frequentar as aulas, usando ferramentas diversificadas como vídeos, recursos da internet, histórias, dinâmicas etc. Como evangelizadores, devemos ser críticos quanto ao nosso trabalho, perceber o que é adequado para cada sala, porque o mundo fora da casa espírita oferece diversidades e seduz a todos eles, motivo pelo qual é importante estarmos sempre atualizados, para realizarmos um bom trabalho. Como sensibilizar os pais para tarefa de tal envergadura? Aqui gostaria de contar a nossa experiência. Há um ano reservamos um dia da semana em nossa casa para o encontro da família, dia em que acontece a evangelização infantojuvenil e separadamente, no mesmo dia, o estudo com os pais. O resultado superou as nossas expectativas. Os pais realmente se envolveram, conheceram melhor o trabalho da evangelização e neste ano voltaram e já trouxeram outras famílias para participar. Acredito que esta seja uma das formas de sensibilizá-los acerca da fundamental importância da evangelização espírita. E quanto às casas espíritas – como sensibilizar seus dirigentes para valorizarem referida atividade? Para as casas espíritas que já realizam a tarefa da evangelização, o trabalho realizado com amor, a satisfação das crianças e a divulgação junto à sua casa, acredito que sensibilizarão a todos. Quanto àquelas que ainda não realizam essa tarefa, talvez o estudo, junto à diretoria, de obras específicas que tratem da importância da educação espírita infantojuvenil, como obras de Bezerra de Menezes, Meimei, Kardec, Eurípedes Barsanulfo, entre outros, possa ajudar. Qual o maior obstáculo para o êxito da atividade de evangelização infantojuvenil? O maior obstáculo acredito que seja a falta de esclarecimento sobre o que acontece na evangelização, pois muitos a confundem como uma atividade recreativa, para que os pais, livres das crianças, assistam à palestra. E não é nada disso! Daí a importância de os evangelizadores e a casa estarem sempre proferindo palestras sobre o tema de modo a esclarecer a todos. De sua experiência e observação, que gostaria de destacar? Como já estou há algum tempo neste trabalho de bênçãos, muitos fatos maravilhosos ocorreram, muitas dificuldades enfrentamos e muito aprendemos, mas uma coisa é certa: muito mais recebemos do que doamos, pois as crianças e os jovens nos ensinam muito. Suas palavras finais. Gostaria de deixar àqueles que se dedicarem a ler estas singelas palavras a minha gratidão e dizer que a evangelização infantojuvenil é contagiante, que as crianças e os jovens, se lhes dermos oportunidade de se expressarem, de nos exigirmos a sermos melhores a cada aula, a cada dia, serão excelentes professores em nossas vidas e nos ajudarão em nossa evolução e, consequentemente, nós na deles. Abracem esta tarefa bendita, tenham entusiasmo, acreditem que a evangelização espírita contribuirá para a transformação moral da humanidade e verão quanto gratificante é poder participar deste trabalho. |
Que delícia de sorvete
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Gustavo, menino de família rica, era muito orgulhoso. Morava numa casa grande e linda, onde nada lhe faltava. Tudo o que ele pedia o pai lhe dava.
Como não poderia deixar de ser, em razão das suas condições de vida, Gustavo era também bastante egoísta. Nunca dava nada para ninguém.
Certo dia, Gustavo saiu de casa e, com a mão no bolso, sentia cheio de satisfação o dinheiro que o pai lhe dera para comprar o que quisesse.
O orgulhoso menino começou a andar pelas ruas olhando tudo que poderia comprar com o dinheiro que tinha no bolso. Olhava as vitrines de roupas, de calçados, de brinquedos, mas nada lhe interessava.
— Que sorvete lindo! Deve estar uma delícia! Ah! Como eu gostaria de experimentá-lo!...
Ao ouvir as palavras do menino, Gustavo levantou ainda mais sua cabeça, com arrogância, e disse:
— Pois do meu sorvete você não tomará! Era só o que faltava! Eu ter que dar-lhe uma colherada do meu delicioso sorvete! Suma daqui, moleque!...
Mas o pobrezinho retrucou:
— Como pode alguém como você, que tem roupas boas, que usa tênis caros e que deve ter de tudo, ser tão egoísta? Se eu tivesse o que você tem, ajudaria quem nada tem!...
Ouvindo o menino de rua, Gustavo ficou vermelho de raiva e não sabia se respondia ou se tomava o sorvete, que começava a derreter sujando sua mão. E respondeu:
— Sou rico, sim! E daí? Posso comprar tudo que quiser! Inclusive este sorvete! Mas ele é meu e não vou dividi-lo com ninguém, muito menos com um garoto mal-educado como você, entendeu?
Gustavo olhou com tristeza o sorvete todo derretido em sua mão. Depois se virou para o menino que o observava, também desolado, e que lamentou:
— Me desculpe. Ao vê-lo tão bem vestido, limpo e cheiroso, todo orgulhoso e ainda com um delicioso sorvete nas mãos, não resisti à vontade de brincar com você. Estou arrependido. Agora nem você nem eu poderemos experimentar o sorvete, que já escorreu pela sua roupa toda!
A expressão do menino era ao mesmo tempo comovente e engraçada. Gustavo começou a rir. Daí a pouco os dois estavam rindo sem parar.
Em seguida, Gustavo disse:
— Você tem razão. Fui muito egoísta mesmo. Como se chama?
— Joãozinho. E você?
— Ah! Então, quero um de chocolate e morango! Sempre achei que deveriam ser os melhores sabores, mas nunca pude comprar. Então hoje vou experimentá-los!
Após pedirem os sorvetes, eles se sentaram num banco e saborearam aquelas delícias, rindo e conversando como bons amigos. Ao terminar de tomar o sorvete, Joãozinho levou a mão à barriga, e respirando fundo, com expressão satisfeita, disse:
— Ah! Que delícia de sorvete! Obrigado, Gustavo, pela sua generosidade.
Ao chegar a casa, ele contou aos pais o que tinha acontecido e como ficara envergonhado diante do menino, com o sorvete derretido nas mãos. E com lindo sorriso, prometeu:
— Deus nos tem dado tanto, não é, papai? Por que não podemos dividir um pouco do muito que temos com quem tem menos do que nós? Senti tamanha satisfação ao ver a alegria de Joãozinho, que meu coração inchou dentro do peito! Nunca mais desejo ser orgulhoso e egoísta com ninguém!... Acho que Jesus está contente comigo!
O pai concordou, satisfeito:
— Sem dúvida, meu filho. O fato de termos dinheiro não significa que devemos nos considerar melhores do que as outras pessoas, porque somos todos irmãos, filhos de Deus, Nosso Pai!
A partir desse dia, Gustavo nunca mais esqueceu que o orgulho e o egoísmo nada nos trazem de bom, afastam de nós as pessoas e impedem-nos de fazer amigos. E por toda a sua vida, ele nunca esqueceu essa lição que lhe fora dada por um menino de rua.
MEIMEI
(Mensagem recebida por Célia X. Camargo em 13/04/2015.)
Extraído: http://www.oconsolador.com.br/ano9/414/espiritismoparacriancas.html
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domingo, 17 de maio de 2015
Prece - A prática da Oração - aula IV
As Orações de Pedrinho
sábado, 16 de maio de 2015
Pais e Filhos - Companheiros de Jornada
Boa parte de nossas vidas vivemos de imaginar papéis e de tentar vivê-los, de atribuir papéis aos que nos cercam, e esperar que os vivam. Isto é ainda mais evidente quando se fala de pais e filhos.
A maioria dos pais e mães tem uma imagem de paternidade e de maternidade construída ao longo dos milênios e do processo educativo e social, das influências da mídia e dos pais que teve, e projeta para si um ideal de conduta perante os filhos. Mesmo quando discordamos dos pais que tivemos e decidimos adotar outras maneiras de agir, ainda assim não podemos negar que o que fazemos tem relação com o que fizeram.
Muito do que projetamos para nós também tem a ver com o modo como queremos ser vistos no nosso círculo de relações (família, colegas, amigos): cuidadosos, previdentes, interessados no bem-estar e no futuro dos filhos.
Mas se pararmos para pensar no papel de pai que decidimos viver, encontraremos nele certas características: é afetuoso ou distante, preocupado ou laissez-faire, flexível ou autoritário, exigente ou liberal...
E este papel assumido, além de não ser garantia de que nos tornamos bons pais, nem sempre tem a ver com o modo como realmente sentimos, dentro de nós.
Bem nos lembrava J.A. Gaiarsa, em Minha Querida Mamãe (Ed. Gente), de que as famílias funcionam muito mais a partir das expectativas e imposições entre seus membros que da percepção de si mesmo e do outro. Definimos deveres recíprocos e isto nos poupa de olhar olho no olho, de prestar atenção na criatura que vive conosco, de observar se ela é feliz e se nós mesmos estamos felizes com o modo de vida que adotamos.
Pensamos, por exemplo, em proporcionar cultura, diplomas, bens, como sendo grande parte da função dos pais. E imaginamos que os bens e os diplomas que vamos deixar para ele vão substituir as inúmeras horas de convivência que passamos tensos ou indiferentes às suas necessidades.
E no relacionamento familiar? Será que interiorizamos clichês do tipo: mãe de verdade faz assim, pai que é pai jamais permitiria tal coisa? E economizamos nossa sensibilidade, tantas vezes embotada por falta de uso, aplicando jargões num terreno que é dos mais importantes de nossas vidas: na educação de nossas crianças. E ainda usamos tais frases, freqüentemente, acompanhadas de: que diriam nossos amigos ou vizinhos, se agíssemos diferente?...
Talvez seja hora de nos preocuparmos menos com o que pensam os outros e de tentar compreender o que pensam os nossos filhos.
De entrar em contato com o que realmente sentimos ser bom para nós e para nossa família. De checar nossas crenças arraigadas e antigas, se todas continuam valendo.
De verificar que temos inseguranças e incertezas como qualquer ser humano e não precisamos ter vergonha de assumi-las abertamente.
Pais nem sempre tem razão. Pais podem eventualmente não saber que atitude tomar. Pais sempre podem pensar melhor sobre o que foi dito. Pais podem aprender algo com seus filhos. Podem reconsiderar sem perder a autoridade e o respeito.
Que neste 2002, se posso desejar isto, desejo que todos estes pais que vêm sofrendo para caberem num ideal de pai e de mãe onisciente e previdente, sempre seguro e dono da verdade, despertem para a verdade.
O preço mínimo desta ilusão é a hipocrisia e o distanciamento, e certamente não desejamos pagá-lo. Afinal, nossos filhos até podem encontrar ombros e ouvidos em muitos lugares, felizmente. Mas se lhes perguntássemos, saberíamos que eles prefeririam ter os ombros e ouvidos, a atenção, a compreensão e o carinho de seus pais.
Rita Foelker
*Em Pensamentos que Resolvem, Ed. GIL.
Extraído http://www.espirito.org.br/portal/artigos/rita-foelker/pais-e-filhos.html