quarta-feira, 28 de outubro de 2015

LÉON DENIS (1846/1927)

Um dos mais extraordinários espíritas de todos os tempos.

Sucessor e propagador da obra de Allan Kardec, a qual am- pliou em termos filosóficos.

Seus elevados conceitos doutrinários, alicerçados na mais pura moral cristã e nos ensinamentos dos espíritos, lançaram novas luzes sobre a Doutrina Espírita, que enfrentava, na época, a contestação e o desprezo de grupos religiosos e científico- materialistas. Léon Denis a todos respondia com a sua mais pura naturalidade, baseando-se nos ensinamentos do Cristo e na mais alta inspiração dos seus mentores, que, como ele próprio confes- sava, nessas horas nunca o abandonaram.

Era também um orador excepcional que sempre atraía multi- dões. Sua vida era regrada pelos exemplos do Divino Mestre, tendo para todos e a qualquer momento sempre uma palavra de ânimo, quando não a própria ajuda material que para ele mesmo já era escassa.

Atrás de si deixou o exemplo da caridade, da renúncia e do trabalho.

Sua obra doutrinária é básica e enfoca os problemas da angústia e da dor, a destinação do homem e a maneira de com- preender e equacionar os obstáculos da vida terrena.

Destacamos as seguintes obras de sua autoria: Depois da morte, Cristianismo e Espiritismo, Joana D’Arc médium, O porquê da vida e No invisível. Desencarnou trabalhando, aos 81 anos.

Extraido do livro O Problema do Ser - Léon Denis

domingo, 18 de outubro de 2015

Oração

A prece é a força poderosa, não somente para desfazer as insinuações dos maus Espíritos, mas para todas as dificuldades da vida. Ela nos dá mais coragem e resistência nas lutas de cada dia. Convém que as criaturas aprendam a orar, e o façam todos os dias, criando assim um hábito elevado e cristão. Nem Jesus dispensou a oração, e de vez em quando subia ao monte para conversar com Deus. Ele deixou o exemplo e até uma forma de prece que usamos até os dias que correm.

Mas, não é com o simples balbuciar que afastamos os Espíritos malfeitores. É preciso que reformemos os sentimentos, que mudemos de idéias e de comportamento, para sairmos da sintonia dos ignorantes. As próprias pessoas encarnadas se ajuntam por afinidades de idéias, e logo que uma muda sua vida, a outra não encontra mais alegria com a sua companhia. Assim se processa com os desencarnados: a separação vem por força da lei.

Orar é um ato divino, porém, aquele que ora não pode nem deve esquecer o exercício no bem, o aperfeiçoamento espiritual decorrente do saber e do amor. As pessoas obsidiadas não devem se limitar a pedir a Deus que as livre do mal, mas que saiam da faixa desse mal. Pedir é bom, mas mudar a direção da vida para o bem é melhor, é a parte que o doente está fazendo em seu próprio benefício.

A prece nos traz muita claridade espiritual, mas ela pode ser breve. Ela é a resposta da misericórdia de Deus, para nos dar força, de modo a vencer as dificuldades que surgirem em nossos caminhos. Em todas as religiões os profitentes encontram na oração uma segurança, e ela, verdadeiramente, é um bastão que nos ajuda a caminhar, desde quando os pés se esforcem para andar.

Se te sentes acompanhado por Espíritos brincalhões, se percebes que sugestões de Espíritos malfeitores chegam a tua cabeça, procura orar, mas examina se esse tipo de sugestão não está se coadunando com o teu modo de pensar e, se essa for a verdade, muda de pensamentos para que se desviem as insinuações das almas ignorantes e fiques livre das opressões maléficas.

A prece é um poderoso auxilio para afastar más idéias, no entanto, é necessário que junto a ela esteja a nossa boa vontade de servir, de ajudar, de melhorar e de amar do modo ensinado por Jesus. Cumprindo com o dever, todas as criaturas que já entendem o valor da oração e dão continuidade a esse estado d’alma, conservam essa luz que se acende com a prece, vivendo uma vida correta e cheia de amor a Deus e ao próximo.

Se Deus assiste aos que obram, não devemos ficar com as mãos atadas pela inércia; estendamo-las em direção aos que sofrem, aos que choram, aos apedrejados e encarcerados, aos nús e aos famintos, porque, desta forma, a oração torna-se força contínua em nós e em torno de nós, de maneira a destruir, em quem está integrado no bem, todo ambiente que atrai os maus Espíritos. É conhecendo a verdade que nos libertaremos de todo mal. 
Filosofia Espírita X João Nunes Maia – Miramez pg 45

sábado, 10 de outubro de 2015

CREDORES NO LAR


No devotamento dos pais, todos os filhos são jóias de luz; entretanto, para que compreendas certos antagonismos que te afligem no lar, é preciso saibas que, entre os filhos-companheiros que te apóiam a alma, surgem os filhos-credores, alcançando-te a vida, por instrutores de feição diferente.

Subtraindo-te aos choques de caráter negativo, no reencontro, preceitua a eterna bondade da Justiça Divina que a reencarnação funcione, reconduzindo-os à tua presença, através do berço. É por isso que, a princípio, não ombreiam contigo, em casa, como de igual para igual, porquanto reaparecem humildes e pequeninos.

Chegam frágeis e emudecidos, para que lhes ensines a palavra de apaziguamento e brandura.

Não te rogam a liquidação de débitos, na intimidade do gabinete, e, sim, procuram-te o colo para nova fase de entendimento.

Respiram-te o hálito e escoram-se em tuas mãos, instalando-se em teus passos, para a transfiguração do próprio destino.

Embora desarmados, controlam-te os sentimentos.
Não obstante dependerem de ti, alteram-te as decisões com simples olhar.

De doces numes do carinho, passam, com o tempo, à condição de examinadores constantes de tua estrada.

Governam-te os impulsos, fiscalizam-te os gestos, observam-te as companhias e exigem-te as horas.

Reaprendem na escola do mundo com o teu amparo; todavia, à medida que se desenvolvem no conhecimento superior, transformam-se em inspetores intransigentes do teu grau de instrução.

Muitas vezes choras e sofres, tentando adivinhar-lhes os pensamentos para que te percebam os testemunhos de amor.

Calas os próprios sonhos, para que os sonhos deles se realizem. Apagas-te, a pouco e pouco, para que julguem em teu lugar. 

Recebes todas as dores que te impõem à alma, com sorrisos nos lábios, conquanto te amarfanhem o coração.

E nunca possuis o bastante para abrilhantar-lhes a existência, de vez que tudo lhes dás de ti mesmo, sem faturas de serviço e sem notas de pagamento.

***

Quando te vejas, diante de filhos crescidos e lúcidos, erguidos à condição de dolorosos problemas do espírito, recorda que são eles credores do passado a te pedirem o resgate de velhas contas.

Busca auxiliá-los e sustentá-los com abnegação e ternura, ainda que isso te custe todos os sacrifícios, porque, no junto instante em que a consciência te afirme tudo haveres efetuado para enriquecê-los de educação e trabalho, dignidade e alegria, terás conquistado, em silêncio, o luminoso certificado de tua própria libertação.

Emmanuel 

Livro Luz no Lar - Francisco Cândido Xavier - Diversos Espiritos





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