domingo, 31 de janeiro de 2016

ORAÇÃO

Mais que atitude de adoração a Deus, orar é indispensável ato de introspecção.

Portanto, quanto menos formalidade adotar no momento da prece, mais sincero você estará sendo consigo mesmo.

Converse com Deus e abra o seu coração.

Não tenha receio de se expor a Ele como você é.

É sempre através da prece que a criatura dispõe de seu instante de maior intimidade com o Criador.

Ore por você e ore pelos outros.

Peça que Deus lhe conceda um pouco mais de humildade e, sobretudo, de luz ao entendimento.

Feliz daquele que, no conhecimento de sua própria ignorância, finca os alicerces de seu real saber.

O hábito de orar com transparência possibilita que você estabeleça vínculos de sintonia com os Bons Espíritos, arejando a sua vida mental.

Infelizmente, muitos são os que se camuflam na prece. Então, não seja você mais um deles!

livro - A fé Transporta Montanhas - Carlos A. Baccelli - Maria Máximo

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

ANTIGA LENDA EGÍPCIA DO PEIXINHO VERMELHO.




No centro de formoso jardim, havia grande lago, adornado de ladrilhos azul-turquesa. 
Alimentado por diminuto canal de pedra, escoava suas águas, do outro lado, através de grade muito estreita. 
Nesse reduto acolhedor, vivia toda uma comunidade de peixes, a se refestelarem, nédios e satisfeitos, em complicadas locas, frescas e sombrias. Elegeram um dos concidadãos de barbatanas para os encargos de rei e ali viviam, plenamente despreocupados, entre a gula e a preguiça. 
Junto deles, porém, havia um peixinho vermelho, menosprezado de todos. 
Não conseguia pescar a mais leve larva, nem refugiar-se nos nichos barrentos. 
Os outros, vorazes e gordalhudos, arrebatavam para si todas as formas larvárias e ocupavam, displicentes, todos os lugares consagrados ao descanso. 
O peixinho vermelho que nadasse e sofresse. Por isso mesmo era visto em correria constante, perseguido pela canícula ou atormentado de fome. 
Não encontrando pouso no vastíssimo domicílio, o pobrezinho não dispunha de tempo para muito lazer e começou a estudar com bastante interesse. 
Fez o inventário de todos os ladrilhos que enfeitavam as bordas do poço, arrolou todos os buracos nele existentes e sabia, com precisão, onde se reuniria maior massa de lama por ocasião de aguaceiros. 
Depois de muito tempo, à custa de longas perquirições, encontrou a grade do escoadouro. 
À frente da imprevista oportunidade de aventura benéfica, refletiu consigo: 
– “Não será melhor pesquisar a vida e conhecer outros rumos?” 
Optou pela mudança. 
Apesar de macérrimo pela abstenção completa de qualquer conforto, perdeu várias escamas, com grande sofrimento, a fim de atravessar a passagem estreitíssima. 
Pronunciando votos renovadores, avançou, otimista, pelo rego d’água, encantado com as novas paisagens, ricas de flores e sol que o defrontavam, e seguiu, embriagado de esperança ... 
Em breve, alcançou grande rio e fez inúmeros conhecimentos. 
Encontrou peixes de muitas famílias diferentes, que com ele simpatizaram, instruindo-o quanto aos percalços da marcha e descortinando-lhe mais fácil roteiro. 
Embevecido, contemplou nas margens homens e animais, embarcações e pontes, palácios e veículos, cabanas e arvoredo. 
Habituado com o pouco, vivia com extrema simplicidade, jamais perdendo a leveza e a agilidade naturais. 
Conseguiu, desse modo, atingir o oceano, ébrio de novidade e sedento de estudo. 
De início, porém, fascinado pela paixão de observar, aproximou-se de uma baleia para quem toda a água do lago em que vivera não seria mais que diminuta ração; impressionado com o espetáculo, abeirou-se dela mais que devia e foi tragado com os elementos que lhe constituíam a primeira refeição diária. 
Em apuros, o peixinho aflito orou ao Deus dos Peixes, rogando proteção no bojo do monstro e, não obstante as trevas em que pedia salvamento, sua prece foi ouvida, porque o valente cetáceo começou a soluçar e vomitou, restituindo-o às correntes marinhas. 
O pequeno viajante, agradecido e feliz, procurou companhias simpáticas e aprendeu a evitar os perigos e tentações. 
Plenamente transformado em suas concepções do mundo, passou a reparar as infinitas riquezas da vida. Encontrou plantas luminosas, animais estranhos, estrelas móveis e flores diferentes no seio das águas. Sobretudo, descobriu a existência de muitos peixinhos, estudiosos e delgados tanto quanto ele, junto dos quais se sentia maravilhosamente feliz. 
Vivia, agora, sorridente e calmo, no Palácio de Coral que elegera, com centenas de amigos, para residência ditosa, quando, ao se referir ao seu começo laborioso, veio a saber que somente no mar as criaturas aquáticas dispunham de mais sólida garantia, de vez que, quando o estio se fizesse mais arrasador, as águas de outra altitude continuariam a correr para o oceano. 
O peixinho pensou, pensou... e sentindo imensa compaixão daqueles com quem convivera na infância, deliberou consagrar- se à obra do progresso e salvação deles. 
Não seria justo regressar e anunciar-lhes a verdade? Não seria nobre ampará-los, prestando-lhes a tempo valiosas informações? Não hesitou. 
Fortalecido pela generosidade de irmãos benfeitores que com ele viviam no Palácio de Coral, empreendeu comprida viagem de volta. 
Tornou ao rio, do rio dirigiu-se aos regatos e dos regatos se encaminhou para os canaizinhos que o conduziram ao primitivo lar. 
Esbelto e satisfeito como sempre, pela vida de estudo e serviço a que se devotava, varou a grade e procurou, ansiosamente, os velhos companheiros. 
Estimulado pela proeza de amor que efetuava, supôs que o seu regresso causasse surpresa e entusiasmo gerais. Certo, a coletividade inteira lhe celebraria o feito, mas depressa verificou que ninguém se mexia. 
Todos os peixes continuavam pesados e ociosos, repimpados nos mesmos ninhos lodacentos, protegidos por flores de lótus, de onde saíam apenas para disputar larvas, moscas ou minhocas desprezíveis. 
Gritou que voltara a casa, mas não houve quem lhe prestasse atenção, porquanto ninguém, ali, havia dado pela ausência dele. 
Ridiculizado, procurou, então, o rei de guelras enormes e comunicou-lhe a reveladora aventura. 
O soberano, algo entorpecido pela mania de grandeza, reuniu o povo e permitiu que o mensageiro se explicasse. 
O benfeitor desprezado, valendo-se do ensejo, esclareceu, com ênfase, que havia outro mundo líquido, glorioso e sem fim. Aquele poço era uma insignificância que podia desaparecer, de momento para outro. Além do escoadouro próximo desdobravam- se outra vida e outra experiência. Lá fora, corriam regatos ornados de flores, rios caudalosos repletos de seres diferentes e, por fim, o mar, onde a vida aparece cada vez mais rica e mais surpreendente. 
Descreveu o serviço de tainhas e salmões, de trutas e esqualos. Deu notícias do peixe-lua, do peixe-coelho e do galo-do-mar. Contou que vira o céu repleto de astros sublimes e que descobrira árvores gigantescas, barcos imensos, cidades praieiras, monstros temíveis, jardins submersos, estrelas do oceano e ofereceu-se para conduzi-los ao Palácio de Coral, onde viveriam todos, prósperos e tranqüilos. Finalmente os informou de que semelhante felicidade, porém, tinha igualmente seu preço. Deveriam todos emagrecer, convenientemente, abstendo-se de devorar tanta larva e tanto verme nas locas escuras e aprendendo a trabalhar e estudar tanto quanto era necessário à venturosa jornada. 
Assim que terminou, gargalhadas estridentes coroaram-lhe a preleção. 
Ninguém acreditou nele. 
Alguns oradores tomaram a palavra e afirmaram, solenes, que o peixinho vermelho delirava, que outra vida além do poço era francamente impossível, que aquela história de riachos, rios e oceanos era mera fantasia de cérebro demente e alguns chegaram a declarar que falavam em nome do Deus dos Peixes, que trazia os olhos voltados para eles unicamente. 
O soberano da comunidade, para melhor ironizar o peixinho, dirigiu-se em companhia dele até à grade de escoamento e, tentando, de longe, a travessia, exclamou, borbulhante: 
– “Não vês que não cabe aqui nem uma só de minhas barbatanas? Grande tolo! vai-te daqui! Não nos perturbes o bem- estar... Nosso lago é o centro do Universo... Ninguém possui vida igual à nossa!... 
Expulso a golpes de sarcasmo, o peixinho realizou a viagem de retorno e instalou-se, em definitivo, no Palácio de Coral, aguardando o tempo. 
Depois de alguns anos, apareceu pavorosa e devastadora seca. 
As águas desceram de nível. E o poço onde viviam os peixes pachorrentos e vaidosos esvaziou-se, compelindo a comunidade inteira a perecer, atolada na lama... 

***
O esforço de André Luis, buscando acender luz nas trevas, é semelhante à missão do peixinho vermelho. 
Encantado com as descobertas do caminho infinito, realizadas depois de muitos conflitos no sofrimento, volve aos recôncavos da Crosta Terrestre, anunciando aos antigos companheiros que, além dos cubículos em que se movimentam, resplandece outra vida, mais intensa e mais bela, exigindo, porém, acurado aprimoramento individual para a travessia da estreita passagem de acesso às claridades da sublimação. 
Fala, informa, prepara, esclarece ... 
Há, contudo, muitos peixes humanos que sorriem e passam, entre a mordacidade e a indiferença, procurando locas passageiras ou pleiteando larvas temporárias. 
Esperam um paraíso gratuito com milagrosos deslumbramen- tos depois da morte do corpo. 
Mas, sem André Luiz e sem nós, humildes servidores de boa vontade, para todos os caminheiros da vida humana pronunciou o Pastor Divino as indeléveis palavras: – “A cada um será dado de acordo com as suas obras.” 
EMMANUEL Pedro Leopoldo, 22 de fevereiro de 1949. 

domingo, 3 de janeiro de 2016

Técnicas de luta para defesas pessoais? Cuidado! Protejamos as crianças contra essas práticas


Há dois mil anos, O Mestre Maior ensinou: Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a Terra. (1) Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. (2) Por estas máximas, Jesus estabeleceu, como lei, a doçura, a moderação, a mansuetude, a afabilidade e a paciência. E, por consequência, condenou a violência, a cólera, e até mesmo toda expressão descortês para com os semelhantes. (3) A violência ensombra as conquistas sociológicas de todos os séculos. Brota em todos os níveis da sociedade, consubstanciando-se em várias amplitudes e espectros de cores carregadas.

A mídia, de uma forma geral, tem noticiado que muitos pais ingleses estão infligindo aos filhos, muitos dos quais com menos de 5 anos de idade, lutar boxe tailandês. A materialidade dessa aberração está em documentário produzido por canal de televisão britânico, mostrando o circuito das lutas organizadas, em que os inscritos, para esse fim, são crianças com idade a partir de quatro anos (inacreditável!). Nesse proscênio, incentiva-se o MuayThai (boxe tailandês), tornando essa prática cada vez mais popular na Europa, atualmente com centenas de academias estabelecidas.

Milhares de adultos imaturos pagam ingressos para assistir às crianças, menores de dez anos, lutando em uma espécie de gaiola de ferro. Muitos pais acreditam que essa prática pode incentivar os filhos a cuidar mais de si mesmos quando crescerem, e creem que seus filhinhos possam conquistar o título de "campeão". Porém, esses pais desnaturados desrespeitam a liberdade dos filhos por não saberem quais são os reais sonhos dessas crianças, projetando nelas as suas frustrações.

Pediatras, psicólogos, professores e estudiosos consideram muito prejudicial, para as crianças e jovens, o incentivo a esportes agressivos, pelo efeito da violência que essas práticas produzem, pois, os golpes violentos fascinam as mentes infantis, principalmente, porque são desempenhados por "heróis" de filmes de ação, vistos em cinemas, ou quando televisados.

Alguns pais “espíritas” tentam justificar o encaminhamento de seus filhos para academias de autodefesa, a fim de acalmá-las e torná-las dóceis (!?), relatam que seus filhos ficaram muito mais “serenos” depois das técnicas do tatame. Não conseguimos concordar. O Espírito André Luiz nos recomenda esquivar-nos hábito de menosprezar o tempo com defesas pessoais, seja qual for o processo em que se exprimam. Pois o servidor fiel da Doutrina possui, na consciência tranquila, a fortaleza inatacável. (4)

Desconhecem tais pais que muitas crianças e jovens não têm capacidade crítica, não têm noção do perigo a que estão sujeitos aprendendo técnicas violentas de autodefesa, muitas vezes desconhecem a índole do seu adversário, no que pese à postura de briga "esportiva", se aceitável, se razoável ou se absolutamente criticável, a eliminar de seus hábitos. 

Infelizmente o que identificamos, de forma generalizada, é o distanciamento de muitos pais, para razoável educação dos filhos nesse sentido. De maneira geral, alguns pais transferem suas responsabilidades não só para as arenas, tatames, mas também para os colégios ou para o Governo, enquanto eles é que tinham que dizer aos filhos se isso ou aquilo é perigoso para eles, ou não.

Uma legítima educação é aquela em que os poderes espirituais regem a vida social. Todavia, o "homem moderno" e que se diz "civilizado" se envaidece com a sua capacidade de subjugar os outros, de mandar, de impor medo, quando o ideal seria ensinar à sua prole o respeito humano e submissão a Deus. A degradação moral atual abriu as comportas da violência, represada debilmente pelas barreiras artificiais da civilização. Essa deformação da mente e o aviltamento da consciência embruteceram o homem, artificializado pela violência no seu método de ação, justificado pelo seu valor pessoal, para o reconhecimento do seu poder, que, imperiosamente, o embriaga e o tem levado a excessos perigosos.

A violência do "homem civilizado" tem as suas raízes profundas e vigorosas na selva. Um pai que expõe seu filho a esportes violentos, correndo o risco de inutilizá-lo para sempre, é bem o homo brutalis, que cria as suas próprias leis: subjugar, humilhar, torturar, matar. O seu valor está sempre acima do valor dos outros. Além disso, mister é recordar que a cumplicidade com a violência, por parte das consciências adultas, retarda a evolução coletiva e rebaixa o cúmplice a posições indignas. Pessoas de mente esclarecida jamais fomentarão ideias desse tipo em uma criança ou adolescente.

Os guantes da brutalidade continuam a fermentar competições hediondas nas novas estruturas socioculturais. A prova histórica disso está, hoje, diante de nossos olhos, na eclosão de violências em todos os níveis do mundo contemporâneo, sobretudo contra jovens e crianças. Nossa esperança é a de que essa explosão seja a catarse final para que o homem bruto desapareça e possa ceder lugar ao homem de mansidão.

Estamos numa conjuntura de nova antropofagia, superestimada e requintada pelas técnicas de lutas de arenas, como se fossem esportes de modernas concepções. Hoje, na era cibernética, os instrumentos de opressão, tortura e aniquilamento, de que o homem dispõe, atingem o clímax em face de seu máximo aperfeiçoamento.

Atualmente, educar é uma tarefa intrincada, é problema de solução nada fácil, em face das modificações que a condição infantil vem sofrendo nas últimas décadas. Antigamente, a pureza das crianças era uma realidade mensurável. Sua perspectiva não ultrapassava os simples livros didáticos, um único humilde caderno e brinquedos baratos. Para repreendê-las e educá-las, às vezes, bastava um olhar firme dos pais. Porém, aquele imaginário infantil, de quietude e sonho ingênuo, desmoronou sob o impacto da era da robótica.

Em nosso diagnóstico, concebemos que a televisão e as novas tecnologias, ao invadirem os lares, potencializaram, nas crianças, o despertar antecipado para uma realidade nua e cruel, o que equivale afirmar que elas foram arrancadas do seu universo de fantasia e conduzidas para a violência, estimuladas, também, pela vaidade dos pais. Destarte, o período de inocência e tranquilidade infantil foi diminuindo. Cada vez mais cedo, e com maior intensidade, as inquietações da adolescência brotam acrescidas pelos múltiplos e desencontrados apelos das revistas pornográficas, da mídia eletrônica, das drogas, do consumismo descontrolado, do mau gosto comportamental, da vulgaridade exibida, das diversas técnicas de lutas de autodefesa e outras tantas extravagâncias, como reflexos óbvios de pais que vivem iludidos, estagnados e desatualizados, enclausurados em seus afazeres diários e que nunca podem permanecer à frente da educação dos próprios filhos.

Seria possível uma viagem através do "túnel do tempo", a uma volta aos padrões comportamentais de 60 anos atrás? Seria desejável - e essa é uma meta a ser atingida a longo prazo - que as crianças só recebessem das pessoas que as cercam e do mundo que as envolve, mensagens boas e construtivas, ao invés de serem bombardeadas, dia e noite, pela violência e pela sensualidade desenfreada. Para que isso aconteça, cabe aos pais, principalmente, a tarefa de modificar essa deseducação constante por que passam na infância.

A regra áurea do amor haverá de prevalecer no mundo regido pela lógica da violência. No conjunto de providências dos Espíritos Elevados, o Espiritismo assumirá seu espaço, definitivamente. Isso equivale afirmar que essa posição sui generis do Espiritismo permitirá preparar a criança atual para uma existência normal e digna no futuro, desde que os espíritas permaneçam atentos. Jesus prossegue o modelo.

A tarefa que nos cumpre realizar é a da educação das gerações jovens pelo exemplo de total dignificação humana sob as bênçãos de Deus. Nesse sentido, os postulados Espíritas são antídotos para a violência, posto que aqueles que os conhecem têm consciência de que não poderão se eximir das suas responsabilidades sociais, sabendo que o futuro é uma decorrência do presente.

 

Referências bibliográficas:

1. Mateus, V: 4.

2. Mateus, V: 9.

3. Kardec, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2001, cap. IX.

4. Vieira, Waldo. Conduta Espírita, ditado pelo Espírito André Luiz, Cap. 18, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1972.

 JORGE HESSEN
 http://www.oconsolador.com.br/ano9/446/ca5.html 

COLABORAÇÃO


Ninguém realiza algo sem o apoio de alguém.

Pensa nisso, a fim de que saibas angariar o concurso preciso na execução da tarefa a que te consagras.

Colaboração é reciprocidade.

A arvore protege a fonte e a fonte lhe alimenta as raízes.

 O solo acolhe a semente e a semente produz valores que o prestigiam.

Auxilia aos teus companheiros no cotidiano para que te possam auxiliar.

Criatura alguma concretiza esse ou aquele ideal sem aquelas outras que se lhes façam recursos de expressão.

E entendendo que todos nos, os espíritos interligados no aperfeiçoamento na terra, somos ainda seres em crescimento, não exijas cooperadores perfeitos para as realizações que demandas.

Sempre encontraras companheiros no mundo que te apresentem falhas no mecanismo da ação.

Esse possui raciocínio rápido, mas não mostra apuro de sentimento. Aquele revela coração generoso, entretanto, ainda não percebe a necessidade de estudo. Outro comunica otimismo e entusiasmo, contudo parece tardar no culto a disciplina. Outro ainda é um modelo de honestidade, no entanto, não compreende, por agora, o impositivo da cortesia para a rentabilidade do serviço em andamento.

Ante a nossa própria condição de obreiros incompletos, aproveita as qualidades de cada qual e usa a paciência diante das imperfeições de cada um, observando que todos nos achamos em processo de evolução, à frente do futuro.

Recorda que a pedra é capaz de ferir, mas, se colocada em lugar certo da construção, é agente de solidez no edifício que se levanta. A força elétrica é suscetível de gerar incêndios destruidores, no entanto, se devidamente controlada, é manancial de energia e de luz.

Ampara a todos os irmãos que te cruzem o caminho, mas ampara especialmente aos que te amparam.

Nem Deus quis estar a sós na sustentação do Universo, pois chamou as suas próprias criaturas a participarem com Ele das Obras da Criação. E o próprio Jesus, na formação do cristianismo que se agiganta com os séculos, precisou de doze companheiros e entre os doze estavam três que mais profundamente lhe refletiam o coração. 

MEIMEI 

livro Deus Aguarda - F.C.X.

sábado, 2 de janeiro de 2016

OS SENTIMENTOS

Existe uma luzinha no seu peito.
Uma luz que os olhos não vêem.
Mas quando ela está acesa, a gente sente.
Pois é ela que causa os nossos sentimentos.
Quando você a acende, aparecem sentimentos bons em seu peito. Tudo fica mais bonito e gostoso. Ela faz você se sentir alegre.
Quando você a apaga, aparecem sentimento mais. Tudo fica mais feio e dolorido. Sem ela, você se sente triste.
Quando está acesa e brilhante, ela sai pela boca fazendo-nos sorrir. Ela também sai pelos olhos, fazendo-os brilhar.
Ela sai pelo peito, fazendo-nos amar, e pelos braços, fazendo-nos abraçar.
Sai também pelas mãos, fazendo-nos caprichar em tudo.
Sai, finalmente, pelo corpo inteiro, fazendo-nos dançar.
Nós só somos felizes quando ela está acesa.
Ela se acende quando você pensa positivo.
E você pensa positivo quando ela se acende.
Ela brilha quando você faz carinho nas plantas, nos animais e nas pessoas. Também quando sua mãe lhe dá um presente ou quando você come um doce gostoso.
Ela brilha mais ainda quando você dá um pedaço do seu doce para seu amigo.
Mas, muitas vezes, nós deixamos nossa luzinha se apagar.
Quando é
A se apaga, você sente medo.
O medo aparece quando você pensa que uma coisa ruim pode acontecer com você ou com alguém de quem você gosta.
Quando você tem coragem, a luzinha volta a se acender.
Coragem é o nome do sentimento que acontece quando você acredita que só coisas boas podem ocorrer com você e com os outros.
Muitas vezes, a gente não gosta de ir ao quarto sozinho, porque lá está escuro. Nós temos medo do escuro. A gente fica imaginando que tem coisas feias lá. Assim, ficamos tristes, pois apagamos nossa luzinha do peito. Mas é só imaginação.
Na nossa cabeça, podemos inventar de tudo. Se você imagina que está vendo um cachorro, você desenha o cachorro dentro da sua cabeça.
Mas o cachorro não está lá de verdade, é só imaginação. 
Medo é só imaginação.
Da próxima vez que você sentir medo, não deixe sua luzinha se apagar. Pense que no escuro tem muitas luzinhas invisíveis e alegres que estão lá para proteger você. Entre no escuro com coragem e você se sentirá feliz.
Quando você sentir medo de qualquer coisa, pense assim: " todo esse medo é só imaginação ", " eu sou corajoso ", e a sua luzinha se acenderá cheia de brilho.
Outra coisa que faz nossa luzinha se apagar, é quando ficamos frustrados.
Frustrado é o nome do jeito como você se sente quando não consegue o que quer.
As vezes, queremos coisas que não podemos ter agora, não é mesmo. Por exemplo, um brinquedo caro que a mamãe não tem dinheiro para comprar, ou quando um amiguinho não quer brincar da mesma coisa.
Aí nós ficamos com raiva. Choramos, brigamos ou falamos uma porção de coisas ruins.
Então, nós gostamos de ficar de mal.
A gente quer forçar os outros a fazer o que queremos que eles nos façam.
Preste atenção: forçar machuca a gente e os outros.
A gente fala: "ou você faz o que eu quero, ou vou ficar de mal com você". Isso quer dizer que, se a pessoa não fizer o que queremos, vamos machucá-la, fazendo-a apagar a luzinha do seu peito.
Ficar de mal é ser malvado, e isso apaga a sua luzinha também. Aí, você também sofre.
Ficamos frustrados quando a mamãe ou o papai não fazem tudo como queremos que eles façam. Queremos tudo só do nosso jeito, não? O nome disso se chama egoísmo.
O egoísmo é um sentimento que doí muito, pois a luzinha se apaga.
Generosidade é um sentimento que faz a luzinha se acender de novo. Ele acontece quando nós aceitamos que os outros também têm o direito de querer as coisas do jeito deles de vez em quando.
Ele também dá aquela sensação gostosa quando deixamos os outros brincar um pouquinho com nossas coisas.
Você, às vezes, não tem vontade de fazer certas coisas. Os outros também não.
Você, às vezes, não sabe fazer algumas coisas. Os outros também não.
Você, às vezes , está ocupado com algo e não quer largar para fazer o que os outros querem, não é? Os outros também não.
Eles também são como você.
Gente grande sente como criança.
Gente grande também tem uma luzinha no peito.
Gente grande também tem medo, fica frustrada, sente raiva , tem coragem e generosidade.
Tudo igualzinho a você.
Compaixão é o sentimento que acontece quando você tenta compreender por que as pessoas estão com raiva ou frustradas.
Para tudo tem sempre um porquê, não é?
Sentir compaixão deixa a gente feliz.
Mas, às vezes, temos preguiça de procurar o porquê e aí nós nos descontrolamos. Estando descontrolados, ficamos mais frustrados e tudo se torna muito dolorido.
Quando não queremos compreender o porquê das atitudes das pessoas, nós ficamos teimosos.
A pessoa teimosa se descontrola e faz uma porção de bobagens como chorar, fazer birra, espernear, gritar, falar palavrões e fazer um monte de cara feia. Com isso, ela apaga sua luzinha do peito e sofre muito.
Assustado é o nome do sentimento que você tem quando a mamãe se descontrola, fica com raiva e bate em você.
Ela está frustrada. Ela deixou a luzinha se apagar. Ela está sofrendo.
É a mesma coisa acontece quando o papai se descontrola. Com certeza, alguma coisa está indo mal na vida dele.
As coisas também nem sempre acontecem como eles querem.
Quando eles brigam com você, não quer dizer que não gostam de você. A verdade é que eles estão frustrados.
Então, você não precisa mais ficar assustado. Você pode compreender que eles estão assim bravos, porque não estão conseguindo o que querem na vida.
Os pais são como as crianças. Às vezes, eles são teimosos e não querem ser generosos e compreensivos. Mas eles procuram sempre fazer o que pensam que é o melhor para você ou para eles. Embora muitas vezes eles estejam errados.
Os pais também erram como você. Ninguém erra porque quer. Nós erramos, porque ainda não sabemos fazer as coisas da melhor maneira.
Os pais não sabem tudo. Eles estão aprendendo como você.
Se continuarmos a tentar sem desistir, todos nós chegaremos a aprender.
Mas cada um deverá aprender por si.
Os pais têm problemas que só eles podem resolver.
Todo mundo está tentando acertar, mas isso sempre demora um pouco.
Paciência é o nome do sentimento de quem sabe esperar.
Ela acende e faz brilhar nossa luzinha. Ela nos traz alegria.
Muitas vezes os outros têm paciência com você.
A paciência faz a gente ser carinhoso.
Quando você faz uma arte , e a mamãe é carinhosa e fala com jeito, ela está sendo paciente.
A paciência faz nascer o amor.
Todo mundo precisa de amor.
Amor é o sentimento que agente tem quando gosta muito de alguém ou de alguma coisa.
O amor nos faz sentir quentinhos por dentro. É que a nossa luzinha se acende tão forte que ficamos quentinhos.
Quando sua luzinha está acesa e a da mamãe também, vocês estão se amando.
O cachorro, quando abana o rabo, também está amando. É porque ele gosta de você. Ele vai brincar com você e ser seu amigo.
Quando o gato se esfrega em você, ele também está amando.
Os bichos também amam.
Eles também têm uma luzinha dentro deles.
Se você judiar ou assustar os animais , às luzinhas deles vão se apagar, aí eles podem morder você.
Os bichos são seus amigos quando vê-se aproxima deles com a sua luzinha acesa.
Um outro sentimento que apaga a sua luzinha e deixa você triste é a inveja.
A inveja aparece quando você pensa que deveria ter tudo igual ao que os outros têm. Algumas pessoas chamam a inveja de ciúmes.
Quando sua professora agrada um coleguinha seu e você não gosta , isso e inveja.
Quando seu amigo prefere brincar com outra pessoa e você fica chateado, frustrado, isso é inveja também.
Quando sua mãe beija seu irmão  ou irmã, ou ainda o seu pai, e você não gosta disso, então, você está com inveja. Muitas vezes, nós queremos todo amor e atenção dos outros.
Nós queremos aparecer e nos exibir. E ficamos bravos se as pessoas não ligam para nós.
A inveja dói muito. Cuidado com ela.
E você já sabe que quando dói, é porque você deixou a sua luzinha se apagar.
Para acendê-la de novo, basta você se lembrar de que muitas pessoas gostam de você e que você gosta de muitas pessoas.
Quando sua mãe agrada seu pai, isso não quer dizer que ela não gosta de você. Ela faz isso, porque a luzinha dela está acesa, e ela precisa agradar a todos.
Tenha paciência que a sua vez chegará.
A gente tem inveja do brinquedo dos outros e esquece de gostar dos brinquedos que tem.
Quando você sentir inveja , vá brincar com os seus brinquedos e goste muito deles. Assim, a sua luzinha vai acender outra vez, e você ficará alegre de novo.
Agora  quero que você conheça um sentimento que costuma apagar a luzinha de quase todo mundo: a solidão.
A solidão surge quando nos sentimos sozinhos e esquecidos por nós mesmos. Quando seus amigos não podem brincar com você e você não sabe o que fazer sozinho. Ou quando você se perde da sua mãe e não sabe o que fazer. Isso pode doer muito e apagar a sua luzinha.
Então, para se sentir bem outra vez, pense que você pode dar atenção a você mesmo, quando você quiser. Pense que você pode brincar com você mesmo é ser o seu próprio amigo.
Para começar, vá até o espelho e converse e brinque com você. Logo tudo passa, e sua luzinha se acende de novo.
Muitas vezes, nós nos sentimos muito mal quando alguém nos xinga e fala mentiras sobre nós. E isso pode doer muito. O nome desse sentimento é rejeição.
Você se sente rejeitado quando acredita e acha importante o que os outros pensam ou dizem.
Saiba que o que a pessoa está dizendo não é verdade. Ela está falando isso, porque está frustada e está sofrendo.
Então, não acredite nela.
Acredite em você.
Aí, tudo o que ela disser, não será mais importante para você.
Continue gostando dela, pois ela precisa do calor da sua luzinha para que a dela se acenda de novo.
Se ficar difícil, não escute o que ela diz. Pense que você é bom, é bonito e que você gosta de você do jeitinho que você é.
Mantenha a sua luzinha acesa que a da outra pessoa, cedo ou tarde, vai se reacender.
Pense também que a pessoa está descontrola, mas que logo, logo ela voltará ao normal.
Como você vê, manter a sua luzinha sempre acesa, depende só de você.
Então BOA SORTE!

Livro "Se liga em você -Tio Gaspa de Luiz Antonio Gasparetto"



PERISPÍRITO

O perispírito é apenas um corpo, que não podemos ver nem pegar.
Ele serve também de fôrma para um novo corpo material se formar.
Ao longo do tempo se modifica, de acordo com a nossa evolução.
Em cada mundo, ele é de uma energia, é diferente para cada irmão.
Quando o perispírito está doente, é no corpo material que a dor irá refletir... Mas a doença vem lá do espírito, onde está o mal que vamos sentir.
O espírito quando encarnado, para os sentidos do corpo físico sentir, precisa do perispírito, como ponte, para o corpo físico poder gerir...
Nosso conhecimento é todo lá guardado, através de muitas experimentações.
Erros e acertos vão sendo registrados, para que façamos as modificações.
O conhecimento que tenho sobre este corpo aprendi aqui no plano espiritual.
Foram muitos tios e tias me ajudando, para entender o que é o corpo astral.
Passo agora um pouco do que sei aos pequeninos que serão evangelizados...
Entendendo o que é o perispírito, penso que todos serão ajudados...

Espírito Angelina

Prefácio do livro - Perispírito em Histórias I - Delma Gonçalves pelos espíritos Tio Antônio e Angelina.
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